sexta-feira, 24 de abril de 2009
Branco Preto/Preto Branco
Preto e/ou branco, essas duas cores representam à união e a ausência de todas as cores e nos levam ao plano iniciatório ultrapassando a dualidade. São as cores do universo simbólico representado no tabuleiro do Xadrez, no preto que é luto no ocidente e no branco que é o luto no oriente, no branco que é a cor do vestido da noiva e no preto que a cor do fraque do noivo, no preto que é a noite insondável e no branco que é a neve que reflete a luz fria em altitudes inatingíveis.
O branco e o preto se alternam quando a palheta de cores atinge certa rotação, formando um desenho preto-branco e branco-preto criando uma nova unidade de cor. O branco é a pureza e o preto é atração magnética que tudo absorve, é o feminino e o masculino, o positivo e o negativo, o oriente e o ocidente, o yin e o yang, o sol que reflete a luz e a lua que absorve a claridade, é a presença e a ausência.
Branco: pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade, rendição.
Preto: poder, modernidade, sofisticação, formalidade, morte, medo, anonimato, raiva, mistério.
"Há animais que conseguem, felizmente, visionar o mundo a duas cores, ou seja, a branco e a preto. São duas tonalidades, o branco e o preto, que se podem combinar e gerar amigos. Mas separadas por idades, religiões, valores e credos, sendo fiéis aos valores da amizade e da fraternidade. Aos olhos de alguns seres, o que torna incompreensível a relação de amizade é a diferença de idades e, sobretudo, os ambientes sociais coloridos que dizem respeito ao branco e preto. Espirram para dentro, que mundo trocado em que vivemos, o branco veio de baixo, rangeu os dentes e empurrou para cima. De dentro para fora, vindo do seu interior mais íntimo, marcado pela infância feliz de ser filho de operários. O preto teve uma educação acompanhada por pais criteriosos, interessados e acima de tudo humanos. Aliás característica que não abunda nos dias que correm. Enfim eis que o branco e preto decidiram fundir-se numa amizade indestrutível, apesar das diferenças e da reprovação social que não compreende que para dois seres humanos serem, verdadeiramente, amigos, basta aprender… todos os dias… a escutar o outro, mesmo que esteja bem longe dos nossos olhos e, independentemente, das idades e das tonalidades combinadas".
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