sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

FEIO "O GATO"



A combinação destas três coisas adicionada a uma vida nas ruas tinham causado danos
em Feio.
Todos no prédio de apartamentos onde eu morava sabiam quem era o Feio.
Feio era o gato vira-lata do bairro. Feio adorava três coisas neste mundo:
brigas, comer lixo e, digamos, amor.

Para começar, ele só tinha um olho, e no lugar onde deveria estar o outro
olho, havia um buraco fundo. Ele também havia perdido a orelha do mesmo lado, e seu pé esquerdo parecia ter sido quebrado gravemente no passado.
O osso curara num ângulo estranho, fazendo com que ele sempre parecesse estar virando a esquina ...
Feio havia perdido a cauda há muito tempo, e restava apenas um toco de cauda grosso, que ele sempre girava e torcia.

Todos que viam Feio tinham a mesma reação:
“Mas que gato feio !”

As crianças eram alertadas para não tocarem nele.
Os adultos atiravam pedras nele, jogavam-lhe água com a mangueira para espantá-lo, o enxotavam quando ele tentava entrar em suas casas, ou imprensavam suas patas na porta
quando ele insistia em entrar.
Feio sempre tinha a mesma reação. Se você jogasse água nele com a mangueira, ele não saía do lugar! Ficava ali sendo ensopado até que você desistisse.

Se você atirasse coisas nele, ele enroscava seu corpinho magricela aos seus pés, pedindo perdão.
Sempre que via crianças, ele surgia correndo, miando desesperadamente e esfregando a cabeça em todas as mãos, implorando por amor.
Quando eu o apanhava no colo, ele imediatamente começava a sugar minha blusa, orelhas, ou o que encontrasse pela frente...

Um dia, Feio quis dividir seu amor com os Huskies do vizinho.
Eles não eram amistosos e Feio foi ferido gravemente.
Do meu apartamento, ouvi seus gritos e corri para tentar ajudá-lo.
Na hora em que cheguei onde ele estava caído, parecia que a triste vida de Feio estava se esvaindo ...

Quando o apanhei e tentei levá-lo para casa, ele fungava e engasgava,podia senti-lo lutando para respirar.
"Acho que o estou machucando muito” - pensei.
Feio estava caído em uma poça, suas pernas traseiras e suas costas estavam totalmente disformes, um corte fundo na listra branca de pêlo atravessava seu peito.
Então, senti a sensação familiar de Feio chupando minha orelha.

Em meio a tamanha dor, sofrendo e obviamente morrendo, Feio estava tentando sugar minha orelha.
Eu o puxei para perto de mim e ele esfregou a cabeça na palma da minha mão, olhou-me com seu único olho dourado e começou a ronronar.
Mesmo sentindo tanta dor, aquele gatinho feio, cheio de cicatrizes de suas batalhas, estava pedindo um pouco de carinho, talvez alguma consideração.
Naquele instante, achava Feio o gato mais lindo e adorável que eu já tinha visto.

Em nenhum momento ele tentou me arranhar ou morder, nem mesmo tentou fugir de mim ou rebelou-se de alguma maneira. Feio apenas olhava para mim, confiando completamente que eu aliviaria sua dor.
Feio morreu em meus braços antes que eu entrasse em meu apartamento.
Sentei e fiquei abraçada com ele por muito tempo, pensando sobre como este gato vira-lata, deformado e coberto de cicatrizes havia mudado minha opinião sobre o que significava a genuína pureza de espírito e sobre como amar incondicionalmente.

Feio me ensinara mais sobre doação e compaixão do que qualquer ser humano.
E eu sempre lhe serei grata por isto. Chegara a hora de eu seguir em frente e aprender a amar verdadeira e incondicionalmente.
Chegara a hora de dar meu amor para aqueles que me eram caros, mesmo que meus olhos nunca tivessem visto nenhum deles...

As pessoas acham mais fácil e mais prazeroso amar o belo, o perfeito, sem notarem que os feios, os tortos, os mancos, enfim os deformados, sejam de corpos, mentes ou almas, também podem e merecem ser amados...

Se vocês pudessem avaliar ou sentir como é quente e gostoso o abraço de alguém feio e antipático, de alguém deformado e que foge às regras e padrões de beleza...
Se vocês se permitissem essa sensação, talvez entenderiam e veriam os tantos "gatos feios" que a vida lhes coloca diante dos seus olhos todos os dias e vocês se negam a enxergá-los...

Muitas pessoas querem ser influentes, querem acumular dinheiro, querem ser bem sucedidas, queridas, simpáticas ou belas.
Quanto à mim, eu sempre tentarei ser como o Feio...
Passarei minha vida pedindo amor, mendigando um pouco do seu tempo, esperando pelo seu carinho, contando com sua compreensão, e pacientemente aguardando o dia
de ser devorada pelos "Huskies"...

Se tiver sorte, terei alguém que me pegue no colo e me faça um carinho antes do meu último suspiro..
Neste mundo cheio de intolerâncias devemos espalhar mais respeito aos demais seres viventes, sejam eles da mesma raça, mesma religião, mesma etnia que nós, ou não, sejam feios ou bonitos aos nossos olhos tão desacostumados a ver, ou nossos ouvidos ,
que ainda não aprenderam a ouvir a real mensagem de Deus.


Glauce Paraguassu

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Aniversariantes de Outubro - Raio- Komb passa, acolhe com AMOR e mostra caminhos diferentes em todas as estações!

Quebrando a Cabeça!


Parabéns Anja!

Parabéns Blue EYES!


Felicidades, Saúde, Paz e Muitas Hortênsias e Amor é o nosso Desejo para as queridas Aniversariantes Anja e Blue Eyes de Outubro!



Só confirmando o espírito astral do querido Zoli recoloco aqui mensagem dele deixada dias atrás em outro blog:




quinta-feira, 18 de setembro de 2008

VIVA LA VIDA

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ora direis ouvir estrelas!!

Photobucket

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!”E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto ...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."



Esta poesia de Olavo Bilac é uma das minhas preferidas e escolhida a dedo. Quanto ensinamento no trato diário com nossos semelhantes, seres idiossincráticos, paradoxais, subjetivos.
É muito raro não classificarmos as pessoas pela sua condição social, econômica, intelectual, estética, religiosa, racial ou por qualquer outro parâmetro. O ser humano vive sob a ditadura do preconceito. A palavra “preconceito” vem do francês preconçu e significa opinião ou conceito que formamos por antecipação, geralmente, de modo precipitado, sem uma análise mais profunda ou sem o conhecimento de determinado assunto, pessoa, idéia, etc. Segundo Wayne Dyer “a rigidez é à base de todo preconceito, que quer dizer pré-julgamento”. Os próprios pré-julgamentos são uma válvula de escape para evitar as zonas escuras ou enigmáticas e impedir o desenvolvimento.
Para ilustrar o que é um preconceito, tem uma experiência muito interessante realizada por um grupo de cientistas, extraída do livro de M. Grüdtner. Esse grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um dos macacos subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos macacos que haviam ficado no chão.
Depois de várias repetições onde um macaco subia a escada e os outros levavam um jato de água fria, os macacos que ficavam embaixo passaram a encher de pancadas aquele que ousava subir a escada. Passado algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíam um dos cinco macacos. A primeira coisa que o novo macaco fez foi subir as escadas. Os cientistas não lançaram água fria nos macacos que estavam embaixo, mas mesmo assim estes surravam aquele que subia a escada. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.
Um segundo macaco foi substituído. Ele também tentou subir a escada. E a surra ocorreu, tendo o primeiro substituto também participado, com entusiasmo, da surra ao macaco novato.
Um terceiro macaco foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos macacos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar, a algum daqueles macacos, porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: “Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui”.
Pode ser engraçada esta experiência, mas se analisássemos alguns dos preconceitos que carregamos junto com nossos valores, talvez iríamos descobrir, como na experiência dos cientistas com os macacos, que a maioria deles são conceitos que fomos alimentados em relação às pessoas, às novas idéias ou a outros elementos. Falta de generosidade, de humanismo e principalmente respeito.

Se comecei por Olavo Bilac, termino com Mário Quintana e seu gracioso "Poeminha do contra".

“Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!”

Stella M.



sábado, 6 de setembro de 2008

Máscaras!



Quantas profundezas há no humano
E quantas delas são máscaras
Quanto disso é escudo
Quanto disso é carne viva
Quanta dor é cena
Quanto é aço real
Enfrente cada máscara
Desafie cada profundeza
Aponte o meu abrigo
Quebre minhas muletas
Encontre o ponto fraco
Analise meus complexos
Destaque a inconsistência
Confirme a veracidade
Catalogue as mentiras
Traduza a mente
Refaça a ordem
Articule relações
Em preto e branco
A solução do enigma
Diga onde está o refúgio
Ilumine meus recônditos
Exponha meus medos
Desmantele as certezas
Refaça minhas dúvidas
Realce o evasivo
Em cada máscara
Explique seu reflexo
Em cada cor do sentir
Exponha uma existência
Até o abismo infinitesimal
Que remete ao meu âmago
Como um frio na espinha
Um além-das-aparências
Distinga as entrelinhas
Delineie as nuances
E nelas perceba as portas
Invente as suas chaves
Equacione meu tesouro
E me revele a solução
Pulsando na vivência
Esquecida num quarto
Silente como uma criança
Triste, suja e cansada
Sem que haja abrigo
Nos braços da solidão
Onde só sobrevive esperança
Misturada ao pó e às lágrimas
Esperando uma chance de falar
Pela boca de outrem



Sou os atos de uma mente viva
Igualmente verdadeiros
E igualmente falsos
Defina a profundeza
Deste meu embate
Olhe nos meus olhos
Não sou um espelho
Não sou suas verdades
Desvie o olhar e pense
Respire e diga algo real
Mostre minha realidade (humana)
Aponte e não diga mais nada
Dispenso as razões da mentira
Dispenso as razões da verdade
Estou farto de vísceras
Essências de máquinas
Explicações e óticas
E mentiras profundas
Quem passou por mim (passou através)
Quem pensou me decifrar (fez o enigma)
Quem revolveu minhas máscaras (não viu vulto)
Quem explicou minha profundeza (fez o abismo)
Quem não sente o pulsar plano
E o sensível discorrer no raso
Sequer adivinha a riqueza (da superfície)
Em que o viver se derrama
Como a realidade de sentir-se fluir (no agora)
Como uma profusão vivaz (aos olhos)
Como uma sobrecarga (aos nervos)
Como uma intensidade real (à mente)
Como uma verdade fatal (ao medo)
Amordace sua vaidade (erudita)
Antes que ela resmungue
O sancta simplicitas!
Guarde suas abstrações
A quem vive em escuridões (metafísicas)
E se lhe aprouver
Faça-se esquecer
Que tentou ver
E não veja que viu (nada)

AC



quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Pérolas!



Que todos nós temos dificuldades ou problemas é cair no lugar comum. Isso constitui sinal de vida, ou seja, só não têm problemas aqueles que “já repousam de suas lutas”.
Segundo Peale “quando compreendemos que os nossos problemas não são apenas inevitáveis, mas servem a um propósito criativo definido, estaremos elevando nossa filosofia da existência humana. Já não perderemos tempo nos lamentando ou nos compadecendo de nós próprios, tornando-nos ressentidos ou entregando-nos ao desânimo. Aprendemos, aos poucos, a tomar as atitudes como parte do processo de amadurecimento”.
Um exemplo de como as dificuldades produz beleza são as pérolas. As pérolas, com sua história de fascinação e riqueza, são consideradas tesouro de valor inestimável. Elas começam quando um grão, de areia, por exemplo, penetra no interior da ostra, causando-lhe irritação. A concha da ostra possui uma substância lustrosa chamada nácar, que libera suas células, formando camadas e mais camadas ao redor do corpo estranho, a fim de proteger a ostra do intruso. Essas camadas sobrepostas vão formando uma substância lisa e compacta, e, ao final de meses ou anos desse processo, uma linda pérola surge.
Pérolas são, na verdade, frutos do sofrimento. Elas só existem se uma substância estranha é depositada junto à carne da ostra, machucando-a. E, assim como as ostras transformam um grande problema em algo belo, nós também, através das dificuldades do dia-a-dia, poderemos produzir verdadeiras pérolas em nossa existência.



Pense num problema contra o qual vem lutando há algum tempo. Talvez você já tenha pensado em várias alternativas para se ver livre dele, sem contudo, chegar à solução alguma. Mas quem sabe se pensarmos através de uma ótica diferente ele não seria um fator de crescimento. Quem sabe quantas lições este problema esteja nos ensinando, como a paciência, a humildade, o pedir perdão ou o perdoar?
Seja qual for o problema que estejamos enfrentando no momento, existe a alternativa de olhá-lo de forma mais suave, incluindo a vontade de aprender com ele.
White escreveu que “circunstâncias adversas deveriam criar uma firme determinação para superá-las. Uma barreira vencida dará maior habilidade e coragem para seguir avante. Insista na direção correta, faça uma mudança sólida e inteligentemente. Então as circunstâncias serão suas colaboradoras e não empecilhos”.

Stella M.



sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Dói-me a Alma!!



Dói-me a alma de uma doença feita de ais...

Apetece-me rasgar o peito feito em folha de papel
e libertar em bando toda a poesia presa no meu interior...

As palavras assim libertas, serão espessas como sangue
vermelho vivo, jorrando alegremente do meu peito
aberto, vibrante pelas emoções descoaguladas...

Esta febre que em mim desce é feita das palavras
que flutuam livres e inconscientes no ar que respiro,
neste ar composto cuidadosamente de azuis e verdes,
empurradas pelo vento ou por um mais fundo suspiro.

Só assim poderei libertar-me desta doença feita de ais,
comprimidos dentro deste corpo demasiado pequeno
para tantas sensações acumuladas no desfiar dos anos
discretamente passados em sombras de folhas brancas,
cheias de garatujas e esboços do que tento ser.

Dói-me a alma duma doença feita de pedaços de céu,
feita de pedaços de mar, feita de pedaços de verde,
feita de mim inteiramente aos pedaços,
espalhados pelas minhas divisões e anexos
desta casa de carne, sangue e poesia.

Dói-me a alma e apetece-me cantar....
NR


Ah, dores da alma...mas como ter dores na alma??

Se voce sempre é presente.
Você é muito especial.
Especial é usado para descrever
algo lindo,
Como um anoitecer,
Um pôr-do-sol,
Uma pessoa que transmite o amor
Com um sorriso ou um gesto amável.
Especial é quem age com um coração puro,
E mantém na mente o coração do outro.
Especial aplica-se a algo admirado,
Que não pode nunca ser substituído.
Especial é a palavra
Que tenho para descrever
"Você.

E pessoas especiais
como voces é que curam essas dores,
se é que elas existem.

beijos na alma
bandys

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Invólucro!!



Telefones celulares, agendas eletrônicas e computadores portáteis cada vez mais compactos, e, portanto com teclas cada vez menores, pressupõem usuários com dedos finos. Se vale a teoria da seleção natural de Darwin, as pessoas com dedos grossos se tornarão obsoletas, não se adaptarão ao mundo da micro tecnologia e logo desaparecerão. E os dedos finos dominarão a Terra. Há quem diga que, como os miniteclados impossibilitam a datilografia tradicional e, com o advento das calculadoras, os cinco dedos em cada mão perderam a sua outra utilidade prática, que era ajudar a contar até 10, os humanos do futuro nascerão só com três dedos em cada mão: o indicador para digitar (e para indicar, claro), o dedão opositor para poder segurar as coisas e o mindinho para limpar o ouvido.



Outra inevitável evolução humana será a pessoa nascer com um dispositivo – talvez um dente adicional, cuneiforme, na frente – para desembrulhar CDs e outras coisas envoltas em celofanes, como quase tudo hoje em dia. E fiquei pensando no enorme aperfeiçoamento que seria se as próprias pessoas viessem envoltas numa espécie de celofane em vez de pele. Imagine as vantagens que isso traria. No lugar de derme e epiderme, uma pele transparente que permitisse enxergar todos os nossos órgãos internos, tornando dispensáveis o raio X e outras formas de nos ver por dentro. Bastaria o paciente tirar a roupa para o médico olhar através da sua pele e dar o diagnóstico, sem precisar apalpar ou pedir exames.



Está certo, seríamos horrorosos. Em compensação, a pele transparente seria um grande equalizador social. “Beleza interior” adquiriria um novo sentido e ninguém seria muito mais bonito que ninguém, embora alguns pudessem ostentar um baço mais bem acabado ou um intestino delgado mais estético, e o corpo de mulheres com pouca roupa ainda continuasse a receber elogios (“Que vesícula!”). Acabaria a inveja que as mulheres têm uma da pele das outras, e a conseqüente necessidade de peelings, liftings, botox, etc. E como todas as peles teriam a mesma cor – cor nenhuma – estaria provado que somos todos iguais sob os nossos invólucros, e não existiria racismo.
Fica a sugestão, para quando nos redesenharem.

L.F. Verissimo




Escutarei...
neste céu imenso,
ter um porto pra poder parar
me chama o anjo do céu
porque , contempla...
clama...flama...dama..querida

“DIMACREMA”
paixão da morte pelas cores da vida,
és quase eterna certeza.
hóspede deste templo que encanta
compartilhando com satisfação
fazendo a vida mais que flores e espinhos.
hoje é dia de alegria
e no seio da terra que tu pisas
à sombra de seus olhos .
escutarei então a paz
e serei feliz
e seu mais ardente admirador
lembre-te..
sua amizade é estonteante
com créditos por toda a vida
feliz aniversário


Zoli

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Ousado!!



A motivação do homem está na busca do sucesso, portanto, ser ousado ou ter audácia faz parte do mesmo caminho. Um caminho de coragem e determinação.
Segundo Jean Cocteau "Nada existe de audacioso ou ousado, sem a desobediência às regras."
Existem, durante a nossa vida, sempre dois caminhos a seguir: aquele que todo mundo segue, e aquele que a nossa imaginação nos leva a seguir. O primeiro pode ser o mais seguro, o mais confiável, o menos crítico, mas, será apenas mais um entre tantos outros. O segundo, com certeza, vai ser mais difícil, mais solitário, o que terá maiores críticas. Mas também, o mais criativo, o mais original possível. Não importa o que você seja, quem você seja, ou o que deseja na vida, a ousadia em ser diferente reflete na sua personalidade, no seu caráter, naquilo que você é. E é assim que as pessoas lembrarão de você um dia.
A ousadia é uma virtude geralmente olhada com uma pitada de inveja e desprezo, pois muitos desejariam ter a coragem dos fortes. Entretanto, a ousadia sem medo é a aventura mais perigosa para as pessoas que não souberem quais os fatores condicionantes que existem por trás dessa atitude. Infelizmente, não é comum aos mortais, se assim o fosse, teríamos somente ‘estrelas’, porque ela é outorgada somente aos vencedores. A ousadia tem o seu preço e seus percalços no difícil caminho da aventura para o sucesso. Para atingi-lo, têm de vencer todas as etapas com um pouco de sorte, coragem e bastante determinação. É uma virtude difícil de ser encontrada nos homens, e muito arriscada, significando romper barreiras e costumes arraigados na tradição da sociedade.



A prudência equilibra a ousadia. A prudência é aquela capacidade de escolher o caminho que melhor soluciona os problemas e mais pessoas favorece.
Mas tanto a ousadia quanto a prudência podem conhecer excessos. O excesso de ousadia é a insensatez. A pessoa vai tão longe que acaba se isolando dos outros ficando sozinha. O excesso da prudência é o imobilismo. A pessoa é tão prudente que acaba não fazendo absolutamente nada.
O meio-termo entre a ousadia e a prudência é a temperança. Em condições normais significa a justa medida, o ótimo relativo, o equilíbrio entre o mais e o menos. Ela é a lógica do universo que assegura o equilíbrio entre a desordem originária do caos e a ordem produzida pela expansão/evolução do cosmo. Mas em situações de alto caos social como é o nosso caso, a temperança assume a forma de sabedoria. A sabedoria implica levar tão longe a ousadia até aquele ponto para além do qual não se poderá ir sem provocar uma grande instabilidade. O efeito é uma solução sábia que resolve as questões das pessoas mais injustiçadas, quer dizer, traz-lhe sabor à existência.
Portanto, devemos ser ousado sempre, como eu agora, com uma pitadinha de prudência e senso um pouco maior de temperança. Deixo um pensamento de Goethe que me inspirou a escrever este texto:
"Seja lá o que você saiba fazer, ou sonha que sabe, comece a fazê-lo. Existe gênio, poder e mágica na ousadia."

Beijos carinhosos

Stella M.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Dança Comigo?



Dança comigo essa poesia?
nem precisamos de melodia...
basta o ritmo do coração
sentimento pulsando na boca e nas mãos...

Dança comigo essa melodia de amor,
abraços,respiração ofegante,
paixão que queima todo o corpo
impetuoso, alucinado pelo desejo...

Dança comigo, essa noite
e todos os dias que virão,
depois dessa descoberta:
de que nascemos um para o outro...


Vem, vamos ao balanço das emoções
olhos nos olhos,
olhos fechados,
beijos pudicos e cheios de pecado




Dança comigo,
meu corpo... do seu
está enamorado...
juntos, só faremos poesia:

poesia dos encantados,
apaixonados
vem, dança comigo essa cantiga...
seremos eternos namorados...



Dança
o pássaro de galho em galho!

Dança
a água na cachoeira!

Dança
a noite em cada gotinha de orvalho!

Dança
a chuva no telhado a noite inteira!

Dança
os animais nas matas!

Dançam
os anjos nos céus!

Dança,
o sol no clarear o dia!

Tudo dança e não se cansa
no céu e na terra!



Tudo tem o seu nascimento e seu apogeu!
O momento da concepção,
o momento do amor,
o momento da morte,
o momento da sorte,
do rico e do pobre,
da sorte/consorte do rico e do plebeu...

Mas... o importante é que tudo dança,
movimenta-se, tem vida ...

Quando penso em você, olhos fechados:
Dançam as nuvens no azul infinito,
dançam folhas ao vento,
dança o mar com as pedras,
dança a correnteza nos canyons,
dança seu olhar no meu,
dança sua boca na minha,
dançam suas mãos no corpo meu,
dança o amor no meu coração,
dança, dança, dança,
de felicidade toda a humanidade!


Margaret Pelicano