sexta-feira, 11 de julho de 2008

DNA e células-tronco!!



Quando, em abril de 1953, James Watson e Francis Crick publicaram na revista Nature um pequeno artigo descrevendo a estrutura da molécula de DNA, talvez não tivessem idéia dos rumos que tornaria as pesquisas sobre a biologia molecular dali por diante.
Em seu livro DNA o segredo da vida, Watson nos relata que chegou um momento, depois de tanto trabalho e descobertas fantásticas, que os próprios cientistas se questionaram se não estavam indo longe demais.




No nosso país, o STF (Supremo Tribunal Federal), aprovou às pesquisas científicas com células-tronco embrionárias, dia 29/05/2008, dando tranqüilidade aos cientistas para a realização desses estudos. O Brasil é considerado referência com o estudo de células-tronco adultas e tem condições de se desenvolver muito com a permissão do uso de célula embrionárias.
As células-tronco embrionárias são consideradas esperança de cura para algumas das doenças mais mortais. Elas podem se converter em praticamente todos os tecidos do corpo humano.



Entretanto, o método de sua obtenção é polêmico, já que a maioria das técnicas implementadas nessa área exige a destruição do embrião.

biotip

Pelos termos do artigo 5º da Lei de Biossegurança, mantido pelo STF, podem ser utilizadas as células-tronco fertilizadas in vitro e não utilizadas. A regulamentação prevê que os embriões usados estejam congelados há três anos ou mais e veta a comercialização do material biológico. Também exige a autorização do casal.

células

A CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil) lamentou a decisão do STF de liberar as pesquisas. Para a instituição, o embrião "tem direito à proteção do Estado". "Portanto, não se trata de uma questão religiosa, mas de promoção e defesa da vida humana, desde a fecundação, em qualquer circunstância em que esta se encontra", afirma, em nota.



Sabemos que este estudo tem um enorme potencial de fazer bem ao mundo. Agora, depois de tanto trabalho de pesquisas que provocou uma revolução biológica, alguns conspiram por recuar.
Estamos sendo prudentes ou pusilânimes?